Iniciamos aqui UMA SEQUÊNCIA (em 4 partes) referente a MISSÕES  na instrumentalidade de JOHN PIPER. Vejamos:






Minha afirmativa de vida em missão, bem como e a declaração de missão de minha igreja é: Existimos para espalhar paixão pela soberania de Deus em todas as coisas, para a alegria de todos os povos.

Amo essa declaração por diversas razões. A Primeira é porque sei que não pode falhar. Sei que não falha porque é uma promessa. Mateus 24.14: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. (Espero que você saiba que “todas as nações” não signifique estados políticos, e sim, grupos de povos, agrupamentos etno-linguísticos). Podemos ter certeza absoluta de que cada uma dessas nações será penetrada pelo evangelho a ponto de podermos dizer que está presente uma testemunha compreensível e auto-propagadora.

Permita que eu lhe dê algumas razões pelas quais podemos ter certeza disso.

É Certa a Promessa

A promessa é certa por diversas razões.

1. Jesus nunca mente. “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.” Foi Jesus que declarou Mateus 24.35 – não eu.

Sendo assim, essa missão em que embarcaremos juntos vai passar. Será completa, e você pode embarcar e gozar o triunfo ou pode desistir e desperdiçar sua vida. Tem apenas essas duas escolhas, pois não existe uma opção mediana que diga: “Quem sabe isso não vai acontecer e estarei do lado melhor se não subir no barco”. Isso não é o que acontece.

2. Já foi pago o resgate por essas pessoas dentre as nações. Conforme Apocalipse 5.9-10: “entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino sacerdotes; e reinarão sobre a terra.” O resgate foi pago e Deus não volta atrás no pagamento feito por seu Filho.

Amo a história dos morávios. No norte da Alemanha dois deles subiam em um barco, prestes a se venderem como escravos nas Índias Ocidentais, a fim de pregar o evangelho aos escravos e sabendo que nunca mais iriam voltar. Enquanto o barco começava a sair do porto eles levantaram as mãos dizendo: “Que o Cordeiro receba a recompensa de seu sofrimento”. Com isso, estavam dizendo que Cristo já havia comprado essas pessoas. Eles as encontrariam mediante a pregação do Evangelho indiscriminadamente, pela qual o Espírito Santo chamaria para si os que lhe pertenciam.

Sendo assim, sei que não falhará, pois a dívida de cada um do povo de Deus em todo o mundo já foi paga. As ovelhas perdidas, como Jesus as chamou, espalhadas pelo mundo todo, entrarão no aprisco à medida que o Pai as chame mediante a pregação do evangelho.

3. A glória de Deus está em jogo. Existem centenas de textos a esse respeito. Usarei apenas um para ilustrar. Romanos 15.8-9, “Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericórdia, como está escrito: Por isso, eu te glorificarei entre os gentios e cantarei louvores ao teu nome”. Todo o propósito da Encarnação era glorificar o Pai mediante a manifestação de sua misericórdia às nações.

A glória de Deus está em jogo na Grande Comissão. Em 1983 na de Bethlehem Baptist Church, eu e Tom Steller – meu auxiliar de muitos anos – tivemos, os dois, encontros surpreendentes com Deus. No meio da noite, Tom, não conseguia dormir, então se levantou, colocou uma música de John Michael Talbot, deitou no sofá e escutou nossa teologia traduzida em missões. Nós somos um povo que busca dar glória a Deus, mas ainda não havíamos dado sentido às missões como deveríamos. John Michael Talbot cantava a respeito da glória de Deus encher a terra como as águas cobrem o mar – e Tom chorou por uma hora.

No mesmo tempo, Deus estava movendo a mim e minha esposa Nöel a perguntar “O que poderemos fazer para tornar nosso lugar como plataforma de lançamento para missões?” Tudo contribuiu para tornar-se parte de um momento elétrico na vida de nossa igreja, fluindo por uma paixão pela glória de Deus.

4. Deus é soberano. Tempos atrás eu fazia uma série de pregações sobre o livro de Hebreus. Chegamos ao capítulo 6, que é um trecho muito difícil sobre a questão de serem ou não as pessoas cristãs quando elas se desviam ou caem. Nos versos 1-3 há uma declaração surpreendente (apenas um pedacinho da enorme evidência bíblica pela qual eu sou calvinista!) que diz: “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Isso faremos, se Deus permitir”. Quando vimos isso, um incrível silêncio caiu sobre minha congregação, pois percebemos suas implicações. “Quer dizer que talvez Deus não permita que um corpo de crentes siga em frente até atingir a maturidade?”

Deus é soberano! É soberano na igreja e também soberano entre as nações! Um testemunho disso se encontra no artigo da revista Cristianity Today que saiu há um tempo, re-contando a história de Jim Elliot, Nate Saint, Pete Flemming, Roger Youderian, e Ed McCully. Steve Saint conta como o seu pai foi atacado pelas lanças dos índios Auca no Equador. Ele relata a história após ter conhecido novos detalhes de intriga na tribo Auca que foi responsável pela matança quando essa não deveria ter acontecido, e aparentemente não teria, pois não poderia ocorrer. No entanto, aconteceu. Tendo descoberto a respeito dessa intriga, Steve escreveu esse artigo.

Quero ler uma frase que me fez voar da minha poltrona da sala. Disse ele: “Enquanto [eles, os nativos] descreviam suas lembranças, ocorreu-me como tinha sido incrivelmente improvável o assassinato naquela praia dos coqueiros. Foi uma anomalia que não pode ser explicada senão pela intervenção divina”.

“O assassinato de meu pai só pode ser explicado em termos da intervenção divina”. Você está ouvindo o que esse filho está dizendo? Deus matou o meu pai. Ele acredita nisso – e eu também.

Conforme Apocalipse 6.11, quando temos um vislumbre da sala do trono e dos mártires cujo sangue foi derramado em favor do evangelho dizendo “Até quanto, Senhor? Até quando ficará sem vingar nosso sangue?” a resposta vem prontamente: “Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram”. Deus diz: Descansem até que o número determinado esteja complete. Ele tem um número certo de mártires. Quando este número estiver complete, virá o fim.

Continua...

Fonte: Desiring God (Satisfação em Deus)



 por Fernando José


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